Prefeitura de Manaus privatiza Manausmed e contrata Hapvida por R$ 108,4 milhões
A Prefeitura de Manaus anunciou a privatização do plano de saúde Manausmed, com a contratação do Grupo Hapvida para a gestão do serviço. A mudança, formalizada por meio de um contrato no valor de R$ 108,4 milhões anuais, marca uma reestruturação no atendimento aos servidores municipais. A medida, contudo, gerou controvérsias e levantou questionamentos de parlamentares e especialistas.
Reforma no modelo de gestão da saúde municipal
O contrato com a Hapvida, uma das maiores operadoras de saúde do Brasil, foi oficializado após um processo licitatório. Conforme a Prefeitura, a decisão visa melhorar a qualidade do atendimento aos mais de 60 mil servidores municipais e seus dependentes. O Manausmed, criado para gerenciar o plano de saúde desses funcionários, agora passa a ter sua administração totalmente privatizada.
David Almeida, prefeito reeleito de Manaus, afirmou que a mudança busca “modernizar e ampliar o acesso à saúde dos servidores”. Segundo ele, o sistema antigo enfrentava dificuldades financeiras e operacionais. O contrato com a Hapvida inclui serviços médicos, odontológicos, exames e internações, além de ampliação da rede de atendimento.
Críticas à decisão
Críticos questionaram a transparência do processo licitatório. A oposição argumenta que mudanças tão significativas deveriam passar por maior debate na Câmara Municipal de Manaus.
Impactos financeiros
Especialistas apontam que o custo de R$ 108,4 milhões anuais é significativo para os cofres municipais. Em contrapartida, a Prefeitura defende que os custos anteriores com o Manausmed já eram elevados, e que a terceirização garantirá mais eficiência e cobertura.
No entanto, conforme relatórios preliminares, a ausência de um estudo aprofundado de impacto financeiro a longo prazo é motivo de preocupação. Além disso, a centralização do serviço em uma operadora privada pode limitar opções de escolha para os servidores.
Benefícios esperados
Aliás, a Prefeitura destaca os benefícios da mudança. Entre eles, estão:
- Ampliação da rede de atendimento com clínicas e hospitais credenciados;
- Redução de filas para consultas e exames;
- Simplificação de processos administrativos relacionados ao plano de saúde.
Embora o novo modelo seja visto como promissor por alguns especialistas, é crucial monitorar a implementação para garantir que os benefícios prometidos sejam alcançados.
Cenário político
Surpreendentemente, a medida foi anunciada pouco tempo após a reeleição de David Almeida. A oposição sugere que a decisão foi estrategicamente adiada para evitar impacto negativo durante o período eleitoral.
Atualmente, a Prefeitura busca justificar a medida como um avanço. Contudo, a polêmica deve persistir, especialmente com a atuação de parlamentares e entidades representativas dos servidores.
Próximos passos
A transição para a gestão do Manausmed pela Hapvida está em andamento. Em breve, os servidores devem receber orientações sobre como acessar a nova rede de serviços. Paralelamente, a Prefeitura promete continuar avaliando a eficácia do contrato.
Resumo
A privatização do Manausmed e a contratação do Grupo Hapvida por R$ 108,4 milhões geraram um debate intenso em Manaus. Enquanto a Prefeitura argumenta que a medida moderniza e amplia o acesso à saúde, críticos apontam falta de transparência e riscos financeiros. O cenário político acirrado promete manter o tema em destaque, à medida que a implementação do contrato avança.