O Brasil está prestes a adotar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com alíquota de 28%, o que pode torná-lo o maior imposto do mundo. Embora o governo defenda a simplificação tributária, muitos especialistas alertam para os impactos negativos dessa medida, que podem pesar ainda mais no bolso do consumidor brasileiro.
O que é o IVA e como ele funciona?
O Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é um modelo de tributação adotado por diversos países, no qual o imposto incide sobre o valor agregado a cada etapa de produção e comercialização de bens e serviços. O Brasil, em sua busca por uma reforma tributária, pretende implementar um IVA de 28%, que, se confirmado, será um dos mais altos do planeta.
O impacto do maior imposto do mundo nas finanças do brasileiro
Certamente, a adoção de um IVA de 28% terá sérias consequências econômicas. Primeiro, os consumidores verão o preço dos produtos e serviços disparar. Isso ocorre porque o IVA será cobrado em toda a cadeia de produção e comercialização, aumentando, assim, o custo final de tudo o que consumimos.
A população brasileira, que já sofre com uma carga tributária elevada, terá que lidar com mais um aumento substancial nos custos. Afinal, o aumento do imposto pode significar um desajuste ainda maior entre a renda média e o custo de vida, pressionando as famílias de maneira insustentável.
Um modelo fiscal insustentável?
A adoção de um IVA tão alto no Brasil parece uma tentativa forçada de resolver problemas fiscais de forma simplificada. No entanto, essa mudança levanta diversas questões, principalmente sobre sua eficácia. Isso porque o país tem uma economia extremamente desigual e uma base de consumidores que já enfrenta dificuldades financeiras. A imposição de um dos maiores impostos do mundo pode acabar gerando um efeito contrário ao esperado: em vez de promover o equilíbrio fiscal, pode agravar a recessão econômica e aumentar a pobreza no país.
Analogamente, é preciso considerar que um imposto tão alto não será absorvido apenas pelos ricos. Pelo contrário, as classes média e baixa serão as mais afetadas, pois são as que consomem mais produtos e serviços essenciais. Logo, o impacto será ainda mais sentido por aqueles que já enfrentam dificuldades para manter as contas em dia.
A opinião dos especialistas sobre o IVA de 28%
Muitos economistas e especialistas apontam que um IVA de 28% pode ser um grande erro para a economia brasileira. Eles alertam que, além de ser uma das taxas mais altas do mundo, esse imposto pode prejudicar a competitividade das empresas nacionais no cenário internacional. Para sobreviver a essa alta carga tributária, muitas delas terão que repassar os custos ao consumidor final.
Além disso, a alta carga tributária pode inibir o consumo, afetando negativamente o crescimento econômico. Afinal, quando os consumidores têm menos poder de compra, as empresas também sofrerão consequências, gerando um ciclo vicioso.
A alternativa: A reforma tributária pode ser uma saída?
Embora o IVA seja uma tentativa de simplificar o sistema tributário, a verdadeira solução para a crise fiscal brasileira talvez seja a reforma tributária mais ampla e profunda, com o objetivo de garantir maior justiça fiscal, reduzir a evasão e garantir um sistema mais equitativo. No entanto, essa reforma precisa ser cuidadosamente planejada e não pode ser feita às pressas, sem considerar os impactos sobre a população e sobre a competitividade das empresas.
A caminho de ser o país com maior imposto do mundo?
Em suma, se os poderes aprovarem a proposta de um IVA de 28%, o Brasil poderá se tornar o país com maior imposto do mundo. Isso certamente não será uma boa notícia para a população, que já enfrenta uma carga tributária insustentável e uma crise econômica sem precedentes. O maior imposto do mundo pode agravar ainda mais a desigualdade social e o poder de compra dos brasileiros.
As consequências disso ainda são incertas, mas é inegável que o país precisa repensar suas políticas fiscais de maneira mais estratégica e cuidadosa, para não agravar ainda mais a situação econômica e social dos seus cidadãos.
