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terça-feira, 10 de junho de 2025
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Efeito Trump: após EUA taxarem China em 104%, Apple não é mais a empresa mais valiosa do mundo

A guerra comercial iniciada pelos EUA contra o resto do mundo não dá trégua para as grandes empresas de tecnologia. Na mesma tarde em que o governo Donald Trump oficializou uma tarifa de 104% sobre as importações da China, a decisão não demorou muito para abalar os mercados, e a Apple também foi atingida em cheio.

A fabricante do iPhone liderou as quedas com uma desvalorização de quase 5% de suas ações em um único dia, o que se soma ao declínio acumulado de 23% desde que essa nova onda de tarifas iniciada pelos Estados Unidos começou na semana passada. A empresa viu sua capitalização de mercado cair para 2,59 trilhões de dólares.

Essa queda foi suficiente para que a Apple perdesse o título de empresa de capital aberto mais valiosa do mundo. O trono vai mais uma vez para a Microsoft, que fechou o dia com uma queda menos acentuada, -0,92%, mas com uma capitalização um pouco maior: 2,63 trilhões.

Rivalidade que se mantém viva

Nos últimos anos, a Apple e a Microsoft alternaram a liderança do mercado várias vezes. No entanto, desde meados de 2024, a Apple consolidou sua posição no topo, possivelmente impulsionada por suas receitas. A Microsoft, por outro lado, começou a gerar dúvidas entre os investidores: sua aposta na inteligência artificial implicava uma despesa crescente e não estava claro quando o retorno viria.

A rápida desvalorização na Bolsa não foi exclusiva da Apple. Outras grandes empresas de tecnologia também fecharam no vermelho. A NVIDIA, a terceira maior empresa em capitalização de mercado global, caiu 1,37%. A Amazon caiu 2,62%, enquanto a Alphabet (Google) perdeu 1,78%. A ASML, a gigante holandesa de semicondutores, também não passou ilesa e registrou queda de 3,32%.

A origem da guerra tarifária

Parte desse clima começou na semana passada, quando o governo Trump decidiu reativar a pressão comercial sobre a China com uma tarifa de 34% sobre determinados produtos. A medida foi apresentada como uma ação “recíproca”, mas não foi bem aceita em Pequim. O Ministério do Comércio respondeu com uma advertência: “se os Estados Unidos insistirem em seguir seu próprio caminho, a China lutará até o fim”.

Trump impôs um ultimato: se a China não recuasse até terça-feira, ele imporia uma nova tarifa de 50%. Pequim não cedeu, e Washington também não. Nas últimas horas, surgiram até mesmo notícias de que o governo chinês estava até considerando proibir a distribuição de filmes americanos no país

A falta de acordo levou ao anúncio que fez com que os mercados explodissem: a nova tarifa de 50% entra em vigor nesta quarta-feira,. Somadas às taxas já existentes de 20% e aos 34% anunciados na semana passada, o a tarifa dos EUA sobre produtos chineses chegará a 104%.

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