A Prefeitura de Itapiranga, 339 km de Manaus, sob o comando do prefeito Thiago Gama Lima (PMDB), está envolvida em escândalo de suposto superfaturamento na aquisição de palco, telão de LED, tendas, camarotes, gradis e banheiros químicos para realização dos festejos de 117 anos no Aniversário da Cidade, realizados no último final de semana de julho.
O Pregão Eletrônico duvidoso, objeto de investigação, com o registro SRP nº 011/2025 – PMI, selecionou a empresa S. Araujo Monteiro LTDA não menos duvidosa, com sede em Iranduba, inscrita no CNPJ 50.359.586/0001-53, de propriedade do empresário Sílvio Araújo Monteiro, com capital social de R$ 1,5 milhão. A empresa foi contemplada no certame, com um valor de R$ 8.313.543,00 para realizar os serviços da festa.
A movimentação entrou no radar do MPAM e do GAECO, que em breve devem fazer diligências no município para esclarecer a questão. Como diz um morador da cidade, que não quis se identificar por temer retaliações; “o bambu vai gemer, depois do chiado da chinela.”
Informações preliminares de moradores de Iranduba, é que essa empresa não existe ou nunca existiu nesse endereço.
No site da Receita Federal, a empresa está registrada no ramo do comércio varejista de materiais de construção, terraplanagem, pintura, comércio de cama, mesa e banho, transporte escolar, controle de pragas, açougue e armarinho, etc.
Os festejos de 117 anos do município teve uma programação recheada de atrações regionais e nacionais entre elas Wanderley Andrade, Banda Magnificus, Meu Xodó, Eric Land, Forró de Respeito, Japa, Davi Assayag, entre outras atrações.
O problema é que os valores pagos pela Prefeitura estão sob suspeita, rodeados de um grande mistério, pois até agora nenhuma prestação de contas foi feita, esclarecendo os gastos.
Não se sabe qual foi o valor gasto exato com as atrações, não há sequer uma publicação no Diário Oficial dos Municípios. Da mesma forma não se sabe como foram efetuados os pagamentos das bandas e artistas contratatados.
As principais atrações Eric Land e banda Magníficos têm cachês superior a 300 mil reais segundo os principais sites de eventos, além das despesas relativas ao deslocamento, o chamado “passagem, hospedagem e alimentação”.
A prefeitura desconsiderou as recomendações dos órgãos de fiscalização que alertavam para os problemas enfrentados pela população do município causados por situação precária do sistema viário da cidade e a falta de limpeza pública nos bairros.
O silêncio dos vereadores também, certamente irá ecoar nas investigações do MPAM.
