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segunda-feira, 18 de agosto de 2025
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Prefeitura de Manaus privatiza Manausmed e contrata Hapvida

Medida busca modernizar atendimento, mas gera críticas por falta de transparência e alto custo

Prefeitura de Manaus privatiza Manausmed e contrata Hapvida por R$ 108,4 milhões

A Prefeitura de Manaus anunciou a privatização do plano de saúde Manausmed, com a contratação do Grupo Hapvida para a gestão do serviço. A mudança, formalizada por meio de um contrato no valor de R$ 108,4 milhões anuais, marca uma reestruturação no atendimento aos servidores municipais. A medida, contudo, gerou controvérsias e levantou questionamentos de parlamentares e especialistas.

Reforma no modelo de gestão da saúde municipal

O contrato com a Hapvida, uma das maiores operadoras de saúde do Brasil, foi oficializado após um processo licitatório. Conforme a Prefeitura, a decisão visa melhorar a qualidade do atendimento aos mais de 60 mil servidores municipais e seus dependentes. O Manausmed, criado para gerenciar o plano de saúde desses funcionários, agora passa a ter sua administração totalmente privatizada.

David Almeida, prefeito reeleito de Manaus, afirmou que a mudança busca “modernizar e ampliar o acesso à saúde dos servidores”. Segundo ele, o sistema antigo enfrentava dificuldades financeiras e operacionais. O contrato com a Hapvida inclui serviços médicos, odontológicos, exames e internações, além de ampliação da rede de atendimento.

Críticas à decisão

Críticos questionaram a transparência do processo licitatório. A oposição argumenta que mudanças tão significativas deveriam passar por maior debate na Câmara Municipal de Manaus.

Impactos financeiros

Especialistas apontam que o custo de R$ 108,4 milhões anuais é significativo para os cofres municipais. Em contrapartida, a Prefeitura defende que os custos anteriores com o Manausmed já eram elevados, e que a terceirização garantirá mais eficiência e cobertura.

No entanto, conforme relatórios preliminares, a ausência de um estudo aprofundado de impacto financeiro a longo prazo é motivo de preocupação. Além disso, a centralização do serviço em uma operadora privada pode limitar opções de escolha para os servidores.

Benefícios esperados

Aliás, a Prefeitura destaca os benefícios da mudança. Entre eles, estão:

  • Ampliação da rede de atendimento com clínicas e hospitais credenciados;
  • Redução de filas para consultas e exames;
  • Simplificação de processos administrativos relacionados ao plano de saúde.

Embora o novo modelo seja visto como promissor por alguns especialistas, é crucial monitorar a implementação para garantir que os benefícios prometidos sejam alcançados.

Cenário político

Surpreendentemente, a medida foi anunciada pouco tempo após a reeleição de David Almeida. A oposição sugere que a decisão foi estrategicamente adiada para evitar impacto negativo durante o período eleitoral.

Atualmente, a Prefeitura busca justificar a medida como um avanço. Contudo, a polêmica deve persistir, especialmente com a atuação de parlamentares e entidades representativas dos servidores.

Próximos passos

A transição para a gestão do Manausmed pela Hapvida está em andamento. Em breve, os servidores devem receber orientações sobre como acessar a nova rede de serviços. Paralelamente, a Prefeitura promete continuar avaliando a eficácia do contrato.

Resumo

A privatização do Manausmed e a contratação do Grupo Hapvida por R$ 108,4 milhões geraram um debate intenso em Manaus. Enquanto a Prefeitura argumenta que a medida moderniza e amplia o acesso à saúde, críticos apontam falta de transparência e riscos financeiros. O cenário político acirrado promete manter o tema em destaque, à medida que a implementação do contrato avança.

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